O Problema do Pecado

“Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus.” Romanos 3:23

 

Quando minha filha mais velha completou quatro anos, ganhou uma moto elétrica dos avós e ficou radiante! Infelizmente, a pequena conseguiu usufruir do brinquedo por muito pouco tempo. Algumas semanas depois do aniversário, fomos roubados e, entre os bens que levaram, estava a querida motinha da Sarah. Seu desalento foi imenso. A partir desse dia, “ladrão” seria a palavra para designar a pessoa que praticava o mal, qualquer tipo de mal. Ela sempre achava que qualquer indivíduo que lesasse outra pessoa era um ladrão. De certa forma, ela estava certa. Quando fazemos o mal, privamos alguém da bondade, roubamos a alegria do outro ou de nós mesmos. Mas, a partir daquele episódio, a pequena Sarah passou a compreender que o mundo não era somente um lugar de alegrias e boas intenções.

Não posso me lembrar do exato momento em que percebi que o mundo estava doente, caído e apodrecia a cada dia. Desde muito pequenos, somos conscientizados do mal que nos cerca. Porém lembro-me do dia em que compreendi que o mal não estava somente a minha volta, mas também dentro de mim. O Evangelho tem esse poder sobre nós. Faz-nos enxergar a profunda necessidade que temos de um Redentor que nos livre de nós mesmos e do poder das trevas que nos rodeia. Não é tão difícil convencer um indivíduo comum acerca da imensa maldade na qual estamos todos imersos. Basta ver o noticiário, e nos deparamos com essa decadente e fatal realidade. Mas, de alguma forma, aquele que não foi alcançado pelo poder de Deus consegue enxergar-se isento de qualquer mácula em meio ao caos generalizado.

É, quando conseguimos olhar para nós mesmos e reconhecer nossa sujeira, que somos, então, levados ao arrependimento, limpos e cabalmente regenerados. Sem essa consciência, não podemos ser livres e receber a vida abundante e verdadeira. Explicar à Sarah a respeito da maldade do ladrão não foi tão desafiador quanto revelar a ela que o seu mau comportamento também era condenável e visto como pecado aos olhos de Deus. Pois todos estamos em igual condição diante de um Deus Santo e Imaculado, separados pelo pecado que não pode ser mensurado e pertence a cada um desde o primeiro homem. Porém igualmente, por meio de um só Homem, chegamos novamente à presença do Soberano, livres e completos novamente!