EMANUEL

“E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade; e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai”. João 1.14

 

Um dos nomes atribuídos a Jesus que mais me chamam a atenção é Emanuel. Em hebraico, significa “Deus conosco” ou “Deus está conosco”. O nome Emanuel advém da promessa descrita no livro de Isaías, o qual profetiza que “a virgem ficará grávida e dará à luz um filho, e o chamará Emanuel” (Isaías 7.14). O nascimento de Jesus é o cumprimento da promessa e a manifestação do próprio Deus entre nós.

É tão maravilhoso compreender que o nosso Deus veio ao encontro do homem e habitou entre nós. Contudo, não veio com sua face divina, mas assumiu a forma humana, tornando-se semelhante à sua própria criação. O Todo-Poderoso se revestiu de nossas limitações e partilhou de nossas dores e aflições. Essa é a essência da encarnação. Sujeito à condição humana, Deus torna-se carne para estar conosco e, a partir desse encontro, conduzir-nos de volta a Ele.

Assim, o Natal é a celebração do Deus encarnado, “que, embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se; mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos homens” (Filipenses 2.6-7). O Natal traz à minha memória a história de um Pai que vem ao encontro de seus filhos – em carne e osso – para os abraçar, tocar, ensinar, curar e, principalmente, salvar. Ele não veio fazer uma visita ou uma breve aparição. Veio para estar com a gente e ser gente. Estar próximo, andar entre nós, viver em nosso meio.

Neste Natal, quero celebrar o divino que se transforma em humano, o infinito que se torna finito, o eterno que se reveste do mortal, pois – por causa do Verbo que se fez carne – hoje posso exaltar o Deus Emanuel, o “Deus conosco”.